Minha voz

Faz 5 meses que fui operada para retirada da tireóide e minha voz está bem melhor, já consigo falar naturalmente, a única dificuldade é para cantar, pois ainda não consigo emitir notas agudas, mas confio em Deus que voltarei a cantar como segundo soprano.

Medicamento que substitui a tireóide

Faz dois meses que voltei a tomar o remédio, comecei tomando somente 50 mcg (pois passei um longo periodo sem o medicamento) aumentei a dose gradativamente e minha endocrinologista disse que eu devo permanecer tomando Levoid de 125mcg. Sinto-me bem com essa dosagem, apesar de estar pesando atualmente 80kg. Não sinto mais aquele cansaço excessivo, só quando exagero nas atividades. Quando fiquei sem tomar o remédio (dois meses) mal conseguia levantar da cama, não conseguia quase andar. Agora já posso até correr.

Resultado da PCI

Levei o resultado do exame para a endocrinologista e ela disse que o iodoradioativo destruiu as células que ainda estavam no meu pescoço, ou seja, mesmo com a cirurgia para a retirada de toda a tireoide e alguns linfonodos que já estavam acometidos pela doença (metástase), ainda restavam algumas células. Antes do tratamento havia metástase nos linfonodos cervicais Agradeço muito a Deus por não haver avançado para outras áreas do corpo como pulmão... Agora é só acompanhamento e reposição hormonal.

PCI - Pesquisa de Corpo Inteiro

O exame foi realizado em um dia apenas, fiquei deitada e o aparelho ia passando devagar pelo meu corpo, para que fosse feita a captação de imagens do corpo todo. Primeiro fiquei deitada com os braços ao longo do corpo, depois virei apenas o rosto para o lado direito e finalmente com o rosto pra cima e os braços para cima. Foi demorado, não sei ao certo o tempo, acho que levou mais de meia hora. Mas foi tranquilo, fechei os olhos e aproveitei pra descansar, pois me sentia muito cansada. Depois fui atendida pelo médico, ele falou que eu estava liberada para voltar a tomar o hormônio, (graças a Deus, fiquei muito feliz pois meu corpo já não aguentava mais), disse que eu deveria iniciar tomando 50mcg do Puran T4 na primeira semana, na segunda, 75mcg e na terceira semana 100mcg. Ele liberou também a alimentação.    

Dia da dose terapêutica

Cheguei ao hospital, às 9h30min e recebi a dose de iodo às 11h. Para esse tratamento é recomendado não comer nada 4h antes e 1h depois da dose, ou seja, só pude comer ao meio dia. O iodo é administrado via oral, por meio de um canudo. Antes disso, deram-me um comprimido de dramin para prevenir náuseas e vômitos.  Fiquei internada por 24h, o pior nesse tratamento, não foi a dose de iodo que tomei e nem o dia que fiquei internada mas foi ter que tomar 6 litros de água mesmo sem vontade para que a radiação fosse eliminada pela urina. De madrugada senti enjoo e não consegui mais beber água. Às 6h30min recebi o café da manhã e voltei a tomar água até completar os 6 lts. Às 10h tive alta e a PCI (pesquisa de Corpo inteiro) ficou agendada para o dia 13 (quinta) às 8h.

Adiantaram minha iodo

Ligaram da Clínica de medicina nuclear, dizendo que anteciparam meu tratamento com iodo para o dia 05 de outubro (estava marcado para o dia 19 de outubro). Graças a Deus, pois ultimamente tenho sentido dores no corpo, não sei se pela falta do hormônio ou porque estou com o nível de cálcio baixo (esqueci de perguntar da médica) também me sinto muito cansada e indisposta.

Resultado de exames e retorno com a endocrinologista

Recebi o resultado dos exames e levei para a "endócrino". Ela disse que eu já estava em estado total de hipotireoidismo já poderia até fazer a iodo,  o nível de cálcio não estava bom, estava baixo e disse pra tomar 3 comprimidos ao dia. O TSH estava bastante elevado 100,000 (que era o esperado), o da Tireoglobulina baixo 0,10 estava como ela esperava. E por fim, ela disse que eu não poderia andar sozinha, pois no estado em que estava poderia me dar tonturas e ficar desorientada e me deu um atestado de 30 dias de afastamento das minhas atividades.

Uma doença silenciosa

Durante uma comemoração em família, uma das minhas irmãs percebeu algo diferente no meu pescoço, mas não comentou comigo. Certa vez ela comentou comigo, mas eu pensei que era uma marca (linha) que tenho na parte superior do pescoço, e que algumas pessoas também têm (mas não era isso). Notei posteriormente algo, mas pensei que era excesso de gordura no pescoço e não me preocupei com isso.

Cintilografia - segundo dia

Fui chamada pela médica para que fossem esclarecidas e tiradas dúvidas sobre a dose terapêutica que seria dada no Fcecon. A captação das imagens foi feita de três formas, primeiro, de pé em frente ao aparelho, em seguida deitada, logo após, recebi uma injeção na veia e aguardei 15 minutos, a última captação foi feita sentada (esta é mais demorada). A médica informou a data da dose terapêutica, 19 de outubro, às 10h. Achei distante a data, mas ela falou que era a única data possível e algumas pessoas chegam a esperar ainda mais. Nos deram ainda um papel contendo todas as informações sobre o preparo para a dose e outro sobre o tratamento, o que é, como é administrada a dose, duração da internação, possíveis efeitos colaterais, cuidados durante e depois da internação, o que levar, enfim todos os procedimentos. cheguei no local às 13h, fui diretamente para a sala, o exame começou às 14h e saí às 16h.

Cintilografia - primeiro dia

Pediram que chegasse à clínica 15 minutos antes da hora marcada, ou seja, as 13h45min. O procedimento foi o mesmo da primeira vez que fiz, recebi a dose de iodo e voltei pra casa. 

Exames de sangue

Fiz pela manhã aqueles exames que a endocrinologista solicitou e fui trabalhar, passei a manhã e a tarde bem disposta, mas a noite me deu muita fraqueza, mal estar e sonolência, mal conseguia levantar, não consegui nem ir para a Faculdade. De madrugada (pra completar) me deu também dor de cabeça que só passou com Dipirona. 

Como passei o feriadão da Semana da Pátria

Passei o domingo bem disposta, sem dores ou outro incômodo, mas na manhã de segunda, comecei a sentir dores na parte posterior do pescoço, talvez tenha dormido de mal jeito, não sei, mas passei o feriadão de molho em casa, pois qualquer movimento que fizesse a dor voltava.

Dieta sem sal iodado

O cirurgião, na última consulta, disse pra eu começar a dieta sem os alimentos que contem o iodo. Procurei em quase todos os supermercados e não encontrei. Fui em algumas farmácias de manipulação, eles só faziam com receita médica e outras nem com receita. Até que uma colega de trabalho do meu esposo, encontrou uma que fazia, fui lá e consegui comprar (os que precisarem fazer essa dieta, podem entrar em contato comigo).

retorno ao trabalho

Depois de trinta dias de licença médica, volto ao trabalho. Não senti nenhum desconforto, nem sonolência ou cansaço. Nem parecia que eu estava sem tomar o remédio já há 13 dias. Graças ao nosso Deus maravilhoso! 

Consulta com a endócrino após a cirurgia

Estive com a endocrinologista, que solicitou novos exames: T4 livre,TSH, Tireoglobulina, anti-tireoglobulina e Cálcio e solicitou ainda um exame chamado Beta HCG (teste de gravidez), para descartar uma possível gravidez, porque para fazer a iodoterapia eles exigem que seja comprovada a ausência de gravidez. Apesar de eu haver feito laqueadura de trompas, mas não tinha como comprovar. Agendei retorno com essa médica para o dia 23 de setembro. 

6º dia sem o hormônio

Graças a Deus já não sinto as dores como aconteceu nos dois primeiros dias de suspensão do medicamento, estou me sentindo bem, não sinto cansaço, só um pouco de sonolência, será que meu organismos está tentando se adaptar sem o hormônio? Ou será que ainda restam células da tireóide que estão fabricando o hormônio? Espero que não, mas se ainda restarem, elas serão todas destruídas com a iodoterapia (em nome de Jesus).

1º dia sem o medicamento do hormônio

No primeiro dia sem tomar o remédio do hormônio senti muitas dores no corpo, não sei se está relacionado a suspensão do medicamento, mas durou dois dias. Não era dor nos ossos, mas bastava alguém tocar no meu corpo que doia.

Resultado Histopatológico

A biópsia confirmou o primeiro diagnóstico: Carcinoma Papilífero variante clássica. Retornei com o cirurgião e ele explicou que teve que tirar junto uma paratireóide. Os dois linfonodos retirados apresentavam metástase. Decidiu que não faria a PCI pré-dose, faria logo a iodoterapia com 200 mci. Alem do encaminhamento para o Centro de Medicina Nuclear, deu-me um encaminhamento para um fonoaudiólogo. No Centro de Medicina Nuclear me explicaram que o processo seria em 3 etapas: cintilografia da tireóide (2 dias seguidos), Iodoterapia e depois de 7 a 8 dias faria a PCI pós-dose. Como eu teria que ficar sem o medicamento do hormônio por 30 dias. Marcaram a cintilografia para os dias 13 e 14 de setembro.  

Retorno ao cirurgião

Uma semana depois da cirurgião retornei ao ambulatório. O cirugião conversou comigo, disse que a cirurgia durou 2h e 30min (normalmente dura 45 min). Falou que o câncer estava avançado, os nódulos estavam grudados no esôfago e traquéia, mas que conseguiu separar. Falou que o tratamento ia ser longo, bem como o acompanhamento que será de 10 anos (trimestral, semestral e anual). Solicitou a PCI (pesquisa de corpo inteiro) e pediu que eu retornasse no dia 11, já com o resultado da biopsia.

Alta

Às 11h fui para casa. Comecei a tomar o medicamento que substitui o hormônio que era produzido pela tireóide o Puran T4 100 mcg (1/2 comprimido na primeira semana), Fixa-cal (por causa do cálcio que poderia baixar na corrente sanguinea). Não Senti dor no local, o único incômodo era a tosse principalmente a noite com secreções sanguinolentas e estava muito rouca. Quanto a alimentação, já no segundo dia, conseguia engolir qualquer tipo de alimento, sentia apenas um incômodo ao deglutir, mas não era dor. Mas de um modo geral, a recuperação foi bem tranqüila, graças ao bondoso Deus.

2º Dia pós-cirurgia

Pela manhã o medico foi me ver e disse que só me daria alta no dia seguinte, devido a quantidade de sangue que havia sido drenado. (não entendi bem as explicações, parece que eles decidem pela alta ou não dependendo da quantidade do que foi drenado nas primeiras 24 horas). Passei o dia no soro e medicamentos.

Cirurgia

Antes das 8h fui levada para a sala pré-cirúrgica e logo em seguida para a sala cirúrgica. Após a colocação de aparelhos para monitoramento dos sinais vitais recebi a anestesia geral, (apesar de sermos entubados, a anestesia geral é mais confortável para os pacientes, pois não sentimos nada). Despertei por volta das 14h, na sala de pós-operatório. Em seguida fui levada para a enfermaria. Os pontos foram internos e o médico colocou ainda umas fitas (parecidas com micropore) usadas em cirurgia plástica. Estava com um dreno no pescoço que só foi retirado no dia da alta. Tomei soro e de vez em quando injetavam Dipirona e Plasil. Graças a Deus não senti nada. Após o horário das visitas (15h às 16h) o médico foi me ver e falou que apesar da cirurgia ter sido extensa, conseguiu preservar os nervos da laringe (era o que eu temia, pois se esses nervos fossem afetados eu ficaria com problema na voz) e viu 3 paratireóides, (só não falou que uma paratireóide foi retirada junto).

Internação

Fui para o hospital no domingo às 12h. A partir das 22h, passei por uma dieta zero, para a cirurgia que seria feita pela manhã. A noite a anestesista falou comigo e fez algumas perguntas, tais como;  se eu era alérgica a algum medicamento, se era diabética, se tinha pressão alta, se já havia sido submetida a alguma cirurgia antes (eu falei que fui submetida a duas cesárias). Tarde da noite uma enfermeira colocou na minha mão a punção, por onde receberia os medicamentos após a cirurgia.

Cirurgia adiada

A cirurgia que estava marcada para o dia 21 de julho (quinta) foi remarcada para o dia 25 (segunda), mas tudo em tudo isso eu vejo a vontade de Deus e tudo o que Ele permite é para o nosso bem, inclusive a mudança na data, pois o médico faria somente a minha cirurgia nesse dia. No dia 22 dei entrada na documentação exigida para a internação.

Retorno ao cirurgião

A cirurgia foi agendada pelo próprio cirurgião para o dia 21 de julho. Uma assistente social continuou os procedimentos para a cirurgia, fez uma entrevista e me deu um folder contendo as normas de internação.

Exame e consulta com o cardiologista

Fiz o exame cardiológico e no mesmo dia a consulta com cardiologista. O médico disse que  os exames deram normais e me liberou para a cirurgia.

1ª consulta com o cirurgião

Na consulta, o médico falou sobre a glândula tireóide, a doença e como seria o tratamento. Seria em várias etapas, primeiro a cirurgia, para a retirada total da tireóide denominada tireoidectomia total, depois viria a iodoterapia e acompanhamento durante cinco anos. Falou sobre a cirurgia e as possíveis complicações pós-cirurgia. O que me causou mais temor foi a possibilidade de serem afetados os nervos da laringe, o que seria muito prejudicial para a minha voz. Falou ainda que durante a cirurgia, as paratireóides são manipuladas o que poderia causar uma queda na taxa de cálcio no organismo. Deu-me as solicitações de exames pré-operatórios: raio x, sangue e cardiológico. Fiz o raio x no mesmo dia, mais o resultado só sairia em 2 semanas, quando só então eu poderia fazer os exames de sangue e cardiológico, pois para isso eu deveria estar com os exames de sangue e do raio –x.

Agendamento com o cirurgião

Agendei consulta com o cirurgião de cabeça e pescoço na Fcecon – Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas. A consulta foi agendada para 25 de abril 

A confirmação

Retornei ao consultório da endocrinologista e apresentei todos os exames. Ela viu o resultado da punção e chamou meu esposo para explicar o meu caso. Disse que era câncer, mas que esse tipo possui grande possibilidade de cura e me encaminhou para um cirurgião de cabeça e pescoço. Recebi essa notícia no dia do meu aniversário.

A descoberta

Sai o resultado da cintilografia e do material da PAAF, abro o Relatório Citopatológico em casa e para a minha surpresa (e porque não dizer decepção) a conclusão: “Achados compatíveis com Carcinoma Papilífero”. Pela palavra “carcinoma” eu já sabia que se tratava de câncer (pois minha mãe teve câncer de estômago e essa palavra significa câncer), só não sabia o significado de “papilifero”. 

2ª Etapa da Cintilografia

Tive que chegar 15 minutos antes da hora marcada. Aplicaram uma injeção na veia para posterior captação das imagens. Essa captação é feita em dois aparelhos: No primeiro, fiquei deitada sobre uma maca embaixo do aparelho por uns cinco minutos que pareceram uma eternidade, voltei pra sala de espera enquanto os outros que estavam comigo passavam pelo primeiro aparelho, depois fui para a outra sala onde fiquei sentada em frente ao aparelho.  

Cintilografia da tireóide - primeiro dia

Esse exame é realizado no Centro de Medicina Nuclear. Nesse primeiro dia é administrado via oral o iodo-131, é uma dose tão pequena que não chega a preencher o fundo de um copo de cafezinho. Essa etapa não foi demorada, todos que fazem esse exame entram juntos em uma sala, onde primeiro recebem orientações sobre como ele será tomado, entre elas estão a de não movimentar o líquido, nem deixá-lo cair e ao sair da sala não falar com nenhuma pessoa da clínica. Para a realização desse exame, é suspenso o uso da medicação específica para a tireóide. No meu caso o Puran T4 deveria ser suspenso por 30 dias, estava  então sem a medicação desde o dia 12 de agosto.

Realização da PAAF

PAAF é um procedimento feito utilizando uma agulha fina monitorada por ultrasson, o médico retira células dos nódulos para que seja feita avaliação Citopatológico. Sai de lá levando o material para a análise.

Busca de uma segunda opinião

Fui ao consultório de outra endocrinologista, contei a ela que já havia me consultado com outro médico, mas que estava procurando uma segunda opinião, ela então viu os exames anteriores e achou que aquela alteração no Anti-TPO poderia ser uma chance de reduzir os nódulos sem a necessidade da cirurgia, fiquei confiante com essa possibilidade. Ela então pediu outros exames: TSH ultrasensível, e TSH, Anticorpo-receptor – trab. E ainda PAAF (punção aspirativa com agulha fina) para colher células dos nódulos para a biopsia.

Retorno ao consultório

Retornei ao consultório levando os exames, o médico falou que os hormônios estavam normais, apenas o Anti-TPO apresentava uma alteração, mas que para ele não era importante. A ultrassonografia confirmou que eu estava com nódulos na tireóide, principalmente no lobo esquerdo, disse que pareciam benignos, mas como estavam grandes, sugeriu que eu retirasse toda a glândula e não somente os nódulos e me encaminhou para o cirurgião de cabeça e pescoço. Não satisfeita com essa sugestão, (pois sei que essa pequena glândula é muito importante para o metabolismo de todo o nosso corpo), resolvi procurar uma segunda opinião.

Primeira consulta com o endocinologista

Na primeira consulta, o médico fez algumas perguntas e solicitou exames de ultrassonografia da tireóide, TSH, T3, T4 e Anticorpos Anti-TPO.

Agendamento de consulta

Resolvi procurar um endocrinologista, que é o médico especialista em sistema endócrino, a consulta ficou marcada para o dia 15 de fevereiro, mas devido o falecimento da minha mãe nesse dia, cancelei a consulta.